segunda-feira, 26 de setembro de 2016

DISPENSAÇÃO DA CONSCIÊNCIA

O que é consciência? Sentimento ou conhecimento que permite ao ser humano vivenciar, experimentar ou compreender aspectos ou a totalidade de seu mundo interior. Sentido ou percepção que o ser humano possui do que é moralmente certo ou errado em atos e motivos individuais. 

Com a queda do homem tem início a dispensação da Consciência. Esta dispensação durou cerca de 1656 anos: isto é, de “0” a 1656 a.c. Ela começou com a expulsão do casal ali do Éden e vai até o Dilúvio. O homem agora estava capacitado para discernir tanto o bem como o mal. Devia, portanto, mostrar seu amor a Deus, escolhendo o caminho da obediência e abster-se de todo o mal que lhe cercava. Nela, o homem devia aproximar-se de Deus por meio de sacrifícios, cujas formas e significações tinham sido recebidas do próprio Criador. Eles (Adão e sua mulher) passaram da dispensação da inocência para a dispensação da consciência. Tal procedimento se deu no momento que os olhos de ambos foram abertos (Gn 3.7). Doravante tanto o homem como sua mulher passaram a ter conhecimento da linha divisória entre o bem e o mal. O próprio Deus falou para eles e para toda a humanidade, dizendo: “Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal; ora, pois, para que não estenda a sua mão, e tome também da árvore da vida, e coma e viva eternamente (na miséria)” (Gn3.22). Esta dispensação termina com o Dilúvio (Gn 6.5,13).

O sofrimento do Homem- ele contraiu a morte: Além do sofrimento laborioso causado pelo pecado, o homem também contrai para si quatro gêneros de morte. A morte que aquela árvore trazia em si, não era simplesmente a morte física, separando a alma do corpo e vice-versa. Ela trazia um sentido mais vasto e mais profundo. Deus advertiu, dizendo “... da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerão; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerão” (Gn 2.17). Lamentavelmente, esse dia chegou. Doravante a morte começava a reinar em quatro dimensões da existência: A morte moral, A morte física, A espiritual e A segunda morte que se refere à destruição eterna de que a pessoa sem Deus pode nela cair. Ela aponta para o estado eterno e permanente de um ligar aonde quem a ele chegar permanecerá numa existência triste e inativa. Em Apocalipse, encontramos, em vários lugares, referência sobre “segunda morte” (Ap 2.11; 20.6,14; 21.8), sendo destinada aos vencidos, mas que dano algum causará aos vencedores.

A Aliança Adâmica: A parte de Deus essa aliança celebrada no Éden foi à solução divina para o problema do pecado que surgiu como conseqüência da queda. Antes disso não havia logicamente sacrifício pelo pecado. Deus proveu uma oferta pela qual o homem poderia reencontrar a pureza e a comunhão com Deus. I João 1.3,7. A liberdade da morte e a regência do mundo foram incluídas neste plano. I Co 15.26; Mt 5.5; Ap 5.10. Essa provisão era o Cordeiro de Deus, morto desde a fundação do mundo. Ap 13.8 “ Eis que o pecado (ou seja a oferta pelo pecado) jaz à porta”. Gn 4.7. Deus falou isso a Caim. A primeira família, assim ensinada por Deus, entendia isso perfeitamente e manteve esse costume de oferecer sacrifícios expiatórios, de animais, sobre altares de pedra. Sete, Enoque, Noé e outros da linhagem piedosa mantiveram vivo esse testemunho de fé durante todo o período ante-diluviano, de mais de 1500 anos. Hb 11.4-7.

Curiosidades a respeito de Adão até Noé: Em Gênesis 3.4, temos a “Primeira mentira”. E Gênesis 3.6, temos o primeiro o casal cedendo a “concupiscência da carne”, e, daí a “soberba da vida”. A partir de Gênesis 3.9, temos a primeira pergunta de Deus (esta é a segunda da Bíblia, porque infelizmente, a primeira foi feita pela serpente (Gn3.1):”onde estás?”. A primeira pergunta religiosa foi feita ao “primeiro homem,Adão”; A segunda pergunta moral de Deus é feita a Caim: “onde está Abel, teu irmão?”. Em Gênesis 3.11, fala-se da primeira maldição.

A linhagem Piedosa de Sete: Gn 4.25; a 5.32. “ Sete e seus descendentes eram homens de Deus, como se vê em Gn 4.26, “daí se começou a invocar o nome do Senhor”. Enoque, o sétimo depois de Adão, é focalizado como um homem de Deus e por seu fiel andar com Deus, foi arrebatado do meio da impiedade prevalecente nos dias anteriores ao Dilúvio. Vemos um povo pobre e pacato, trabalhando diariamente na lavoura, conforme a ordem do Senhor, e pacientemente esperando a Sua misericórdia.

·       Todos os seres humanos estão relacionados, desde Adão e Eva. Todas as pessoas formam uma família que compartilha a mesma carne e o mesmo sangue. Lembre-se disto quando o preconceito entrar em sua mente ou o ódio invadir seus sentimentos. Cada pessoa é criação valiosa e única de Deus.
·       Como estas pessoas viviam tanto tempo? Algumas acreditam que as idades descritas em Gênesis 5.25-27 representam a duração das dinastias familiares em vez de tratar-se de idades de indivíduos. Os que defendem a idéias de idade real oferecem três explicações: 1ª A raça humana era mais pura geneticamente neste período, de modo que havia menos doenças para encurtar o tempo de vida; 2ª nenhuma chuva havia caído sobre a terra até então, e “as águas que estavam sobre a expansão” impediam os raios cósmicos prejudiciais e protegiam as pessoas de fatores ambientais que aceleram o envelhecimento; 3ª Deus deu as pessoas vida longa afim de que tivessem tempo suficiente para “encher a terra”.

Contexto histórico da Época: Pela cronologia Bíblica pode descrever esse período não datado englobando a criação do universo até a construção da arca por Noé. Mais na visão história podemos identificar que esses períodos são desde 100.000 a.c até 1950 a.c e dentro desse período temos: Antiga idade da Pedra (Paleolícito), Média idade da Pedra (Mesolítico), Nova idade da Pedra (Neolítico), Período calcolítico e Antiga idade do Bronze.

Em fontes Egípcias R.K Harrison comenta em seu livro Tempos do antigo testamento; Uma cena pintada na parede do sepulcro de Khnumhotep II, um poderoso nobre da Décima Segunda Dinastia Egípcia, que foi sepultado em Beni-Hasan, no Médio Egito. O quadro retratava trinta e sete palestinos, seminômades, do período patriarcal, visitando o Egito para trazer estibina, a popular tinta negra para maquiagem dos olhos. Os nômades eram típicos semitas bárbaros (Filhos de Sem primogênitos de Noé, tataraneto de Sem é Eber um nome que deu a origem da palavra Hebreu), que usavam roupas compridas com listras alegres e calçavam sandálias. Eles levavam como armas dardos, lanças, arcos e flechas, e um deles é retratado tocando uma lira, andando com dificuldade atrás de seu jumento. O fato de que o mural retratasse olés portáteis nos equipamentos dos semitas, sugere que o grupo incluía pelo menos um latoeiro itinerante, e propicia um cenário autêntico para Gênesis 4.20 e versículos seguintes.


O final da Dispensação da Consciência: A prática da iniquidade, soltando as rédeas aos baixos pendores da carne, durante tantos séculos, a nova geração adotando os maus costumes das gerações anteriores, resultou na total corrupção do povo antediluviano. O Seu cálice de iniquidade finalmente encheu-se e após um período de 120 anos, em que Noé avisou aos conterrâneos, o castigo divino veio sobre eles.

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